segunda-feira, 28 de junho de 2010

Forgive-me

Está é a OneShot que publiquei num outro Blog. Apaguei esse Blog porque já tinha Blogs a mais, por isso publico esta OneShot aqui para nunca me esquecer dela :P
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- Dormiste bem? - Tom chega ao quarto de Bill dando-lhe uma pequena estalada na cara para este acordar.
- Mais ou menos... - Diz Bill, esfregando os olhos.
- Então, porquê? - Tom senta-se aos pés de Bill.

Bill não queria dizer a razão de ter dormido tão mal esta noite... Saberia que o seu irmão lhe iria bater outra vez. Bill estava farto. Mas não tinha coragem de fugir. Apesar de Tom ser gay e de lhe bater, Bill não era capaz de o deixar, ainda tinha a esperança que o velho Tom, o Tom que brincava com ele quando eram crianças, que era o seu melhor amigo, voltasse a ser quem era.

- Nada de especial. E tu?
- Dormi que nem um bebé. Vamos tomar o pequeno-almoço. - Tom levanta-se e puxa o irmão pelo braço até à cozinha.
- Não há leite...
- Eu vou à rua buscar. Vou aqui ao lado à mercearia. Venho já meu amor. - Tom dá um beijo na testa de Bill e sai de casa.

Bill leva as mãos à cabeça. Não sabia o que havia de fazer, estava a sofrer muito. Enquanto olhava para as nóduas negras causadas pelos murros do irmão por todo o seu corpo, Bill chorava e chorava e chorava...

Tom chega a casa. Por azar... Vê o irmão a chorar e a olhar para todo o seu corpo. Tom ficava furioso quando via este tipo de situação. Bateu com o pacote de leite, que tinha comprado, na mesa à frente da cara de Bill, fazendo com que este se assustasse. Bill olha para Tom com os olhos envidrados de légrimas, sabia o que lhe ia acontecer. Tom puxa Bill pelos cabelos até ao seu quarto. Chegando a esta divisão, empurra Bill para cima da cama.

Bill começara a chorar cada vez mais aflito. Tom não estava nada contente. Bateu na cara de Bill, primeiro com uma estalada não muito forte, mas depois com mais força, e mais força e ainda mais força até fazer sangrar a boca, os olhos e o nariz de Bill. Tom despiu o pijama de Bill. Desta vez começou a dar murros na barriga do irmão. Este já não aguentou muito mais tempo. Ao sentir tanta dor junta, desmaiou.

- Acorda... - Entre lágrimas e celuços, Tom tentava acordar o irmão. - Nunca mais volto a fazer o mesmo, prometo-te, por favor acorda! - Tom agora estava desesperado, não queria chegar a tal ponto. Estava cada vez mais aflito, pois não havia maneira do irmão acordar. Tom bate com a cabeça na parece propositadamente. E bate mais uma vez e outra... Percebeu que o que tinha andado a fazer ao irmão era muito mau, muito mau mesmo. Neste momento tinha nojo do seu próprio corpo. Lembrou-se de todos os momentos em que lhe bateu, sobretudo da vez em que o abusou sexualmente. Sentou-se calmamente ao pé de Bill. Encostou a cabeça ao ombro do irmão. Deu lhe um beijo no rosto cheio de sangue, dizendo:

- Nunca mais te vou bater, agora aprendi a lição! Gosto demasiado de ti, mas sei que tu só gostas de mim como irmão. Sei que não me amas da mesma maneira que eu. Por isso, meu irmão, eu te batia! Perdoa-me! - Tom volta a beijar a face de Bill. Este foi abrindo os olhos, conseguira ainda ouvir as palavras do irmão. Foi abrindo os olhos aos poucos e poucos, até que os abriu completamente. Tom quando viu que Bill tinha acordado, abraça-o. Pede-lhe desculpa mais uma vez. - És capaz de me perdoar?- Tom olha-o, chorando.

Bill ainda não estava completamente bem para conseguir falar, por isso apenas acenou afirmativamente com a cabeça. Os irmãos abraçam-se. Agora Bill estava orgulhoso do irmão, porque este conseguira admitir que estava errado e teve coragem de pedir desculpa pelos seus actos.

- Mas... - Bill ainda lhe custara a falar. - Vais tentar esquecer-me... E amar-me só como... Irmão... Certo?
- Claro... Tu sabes... Vai ser muito difícil, muito difícil mesmo. Mas prometo-te que farei esse esforço por ti.

Bill sorri. Tom abraça-o. Dá-lhe o abraço mais meigo e sincero do mundo. Estava feliz por o irmão não deixar de gostar dele.

Os dois dirigiram-se à casa-de-banho para tratar das feridas com que Bill tinha ficado. Rápidamente, Tom limpou o sangue do rosto do irmão. Reparou na sua cara inchada, sentia-se mal apesar de Bill o ter perdoado. Este assunto ia ficar durante muito tempo na memória dos dois. Mas juntos iam conseguir superar isso. Agora eram novamente os melhores amigos... E os irmãos mais inseparáveis do mundo...


*Fim*
 
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Se não for pedir demais, gostava que comentassem novamente :)
Bjs